Para iniciar um projeto, o arquiteto se depara com obstáculos semelhantes ao do escritor e do pintor em uma folha e tela em branco. A ideia está ali, adormecida. A caneta é quem vai despertar linhas, formas, cores e texturas.
Mas, fazer arquitetura vai muito além disso. E, já que hoje é Dia do Arquiteto, vamos falar dos desafios da profissão com a participação do nosso embaixador, Renato Mendonça.
Os desafios da arquitetura
A arquitetura é a arte de abrigar as atividades humanas. Para isso, é preciso levar em consideração diferentes aspectos e alguns elementos subjetivos para que o resultado seja o esperado. Na hora de começar um desenho, o profissional da área tem como premissa o terreno, a topografia, o briefing, as leis e normas municipais e federais e a disponibilidade financeira do cliente.
Os itens citados são parâmetros para orientar o processo. Até aqui, as dificuldades podem ser superadas com técnicas e metodologias específicas.
Entretanto, para ir além, o arquiteto precisa colocar em pauta a necessidade e o desejo. Até porque, o solicitante não quer apenas realizar uma obra e sim, um sonho. Uma casa não é apenas uma moradia, mas, também, um local onde a pessoa se sente abraçada e encontra segurança e conforto após um longo dia de trabalho. É ali que ela reúne a família e os amigos para festejar e criar lembranças. “Isso é abstrato. Não é palpável. Não é só o dinheiro investido, não é só o tempo gasto. É aquela expectativa que a gente busca atingir, e isso só é possível com muito respeito e entendimento do que o outro quer”, comenta Renato.
Ir além do desenho é desafiador e de grande responsabilidade. Isso porque cada família é única, possui seus hábitos e costumes. Todos esses elementos são subjetivos e, é por isso que o arquiteto se torna um sonhador junto ao seu cliente. Uma relação de confiança e intimidade é criada para que tudo seja interpretado da melhor maneira e, ao final, o projeto possua a personalidade do dono. “É quase como um entendimento da experiência. O que você quer mostrar ao seu cliente? Aonde ele quer chegar, o que ele está comprando e o que você vai entregar de produto, material e de experiência real? É preciso entender as limitações espaciais e físicas e atingir a expectativa do cliente com o valor disponível para investimento”, explica Mendonça.
Nosso embaixador ainda lembra que outro desafio é enxergar à frente daquilo que se aprende na universidade. “A arquitetura, a princípio, pode se apresentar apenas como transformação, como construção, como ambientação, mas, ela vai muito além disso. E nem sempre a faculdade mostra as possibilidades. Entramos acreditando que existem limitações, porém, elas não existem. São muitos braços e muitas vertentes de trabalho envolvidas dentro de uma profissão. A gente tem uma responsabilidade imensa sobre tudo aquilo que desenvolvemos”, finaliza Renato.
Arquitetura não se resume somente a uma folha rabiscada
A arquitetura não é apenas a escolha de revestimentos bonitos, cores da moda ou texturas diferenciadas. Ela é a materialização de um sonho – que revela trabalho árduo, tempo e história. E por isso, nesse Dia do Arquiteto, parabenizamos a todos os profissionais da área, por sua paixão e empenho em tirar sonhos do papel e transformá-los em arte visual e concreta.