Independentemente do espaço ser escritório ou home office, projetar esse ambiente deve levar em consideração as particularidades de cada serviço e a identidade da empresa ou do indivíduo. O foco aqui é criar um espaço que propicie a concentração.

No quarto artigo da Série Ambientes, separamos três projetos de escritório criados pelo arquiteto Renato Mendonça, para trazer insights a você de como proporcionar funcionalidade e modernidade a essa área em seus projetos.

Detalhes de um escritório horizontal

Neste escritório de arquitetura, a ideia foi trabalhar com uma composição de materiais mais claros, por isso, utilizou-se o Galês, Atenna para garantir um contraste com o piso que é um pouco mais escuro, puxado para um tom mel. Já o Sucupira, um madeirado mais escuro da flora brasileira, que desperta acolhimento e conforto, foi usado nas divisórias entre o escritório e sala de reunião.

Cada uma das tonalidades é valorizada no espaço. A bancada de trabalho foi feita com o Galês, madeirado de tom claro, que combina com projetos clássicos e contemporâneos. Já o fundo dos computadores possui uma parede ripada, também em Galês, oferecendo maior textura à decoração. O mesmo acontece na sala de reuniões e no canto esquerdo do ambiente. No centro, a mesa principal é com o padrão Atenna, reproduzindo uma pedra.

O teto também recebeu chapas de MDF, garantindo sensação de rusticidade, como se fosse uma laje descascada. Mesmo em um espaço pequeno, pode-se utilizar três produtos, formando um espaço moderno e ideal para a proposta: “Quisemos mostrar que o escritório é superhorizontal, mas existe uma hierarquia. Portanto, a composição é feita para trazer esse entendimento”, explica Renato.

Um home office funcional com vista privilegiada

Neste home office, a ideia era criar uma composição suave. Por possuir um piso mais claro, com tonalidade próxima ao rosé, o tampo em Cinzell se tornou mais presente, proporcionando aspecto de pedra, para trazer sofisticação ao ambiente sem deixá-lo frio.

O espaço também tem a funcionalidade como destaque. No lado esquerdo da imagem, pode-se ver um armário, que serviu para esconder uma máquina de ar-condicionado. Com isso, além de viver em um local mais bonito, o morador, que é escritor, pode guardar seus papéis e livros com praticidade, deixando exposto a máquina de escrever e alguns vasos decorativos. Para este armário foi escolhido o Kashmir, um padrão suave, que transmite aconchego.

Além disso, o pé da mesa do lado direito é um gaveteiro, no tom Damasco, trazendo cor e energia ao espaço. No nicho voltado para o sofá, é possível colocar os controles remotos da televisão ou apoiar algum livro que esteja lendo. “Tudo para facilitar o acesso e a rotina do dia a dia. E claro, tirando proveito dessa vista privilegiada para o centro de São Paulo”, complementa o arquiteto.

Um escritório sério e ao mesmo tempo jovem

Este escritório é completamente diferente dos anteriores. Por ser um ambiente de advocacia, “eles entenderam que o espaço poderia ser mais sério, apesar de ser uma equipe superjovem”, explica Mendonça.

Sendo assim, foi utilizado o padrão Sucupira, que apresenta um tom mais fechado, puxando um pouco para a madeira seca e mais madura. A tonalidade criou um contraste com a laje alveolar já existente, que foi mantida para valorizar o pé direito e trazer uma certa jovialidade ao espaço.

O Cosmo foi usado para marcar a presença de uma copa, oferecendo um ponto de luz mais claro para o fundo. O mesmo padrão foi utilizado para criar a mesa do advogado principal. Assim, conseguimos um ambiente mais fechado e jovem, ao mesmo tempo, indo ao encontro da personalidade da empresa.

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